A Crise dos 40 ou A Vida Como Ela É (Mesmo!)?
by Roberta Drable
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018. Depois de uma semana intensa (nada a ver com a final do BBB que eu nem assisti, ok?), ainda absorvendo todas as mudanças, fico aqui refletindo um pouco sobre os últimos acontecimentos.
Rebobina a fita (nossa, super 90s!) para a última semana. Coisas um tanto quanto estranhas começam a acontecer, do tipo, eu externar que os 40 estão chegando... Caramba, logo eu que sempre tive aquele mood “Charlotte” (entendedoras, entenderão..), de ver o mundo cor de rosa, de dar gritinhos de alegria sempre... decidi sentar para tomar um café e bater um papo com o meu momento.
Sim, o lance da idade já estava pegando. Mas não o de deixar de ver o mundo cor de rosa (eu, hein, jamais!), mas a necessidade de colocar as minhas prioridades exatamente dentro do contexto necessário: o de prioridades!
Explico: sempre em que eu me entendo por Beta, eu me preocupei mais com o outro. Estranho, né? Fiz terapia durante décadas, geralmente os tópicos eram recorrentes, mas eu ainda brincava de “pular as ondinhas”. Resultado: o tsunami veio!
Quem já teve a oportunidade de passar em locais próximos à linhas de trens já deve ter observado uma placa escrita: “pare. olhe. escute.” Hoje em dia o significado dessa placa nunca esteve tão presente, seja na minha vida pessoal, quanto na minha vida profissional.
A impressão é a de que eu sempre lia essa placa desafiando o trem que poderia a qualquer momento, passar. Talvez, no passado, eu já tenha sido atropelada por ele. Algumas vezes, quem sabe. Mas de uns tempos para cá, ainda inconsciente do rumo de que as coisas tomariam, as sensações mudaram.
Nessa semana, especificamente, em dois dias com uma madrugada inteira de bônus, aqueles dizeres resolveram berrar. E, diferentemente de todo o meu “percurso” até então traçado, eu desviei para não deixar o tal do trem chegar nem perto de mim...
Eu deixei de querer pertencer. Eu deixei de querer provar algo. Eu decidi lutar por mim e por tudo aquilo em que eu acredito. Eu deixei de acreditar que eu não conseguiria por não ser perfeita...
Ainda procurando entender um pouco da minha impulsividade no meu mar de calmaria, eu chego a conclusão de que eu, finalmente, decidi me colocar no lugar do maquinista e não da pessoa que atravessa a linha do trem... E nesse trenzinho (cor de rosa, óbvio!) eu só deixarei entrar o que me inspira e o que faz meus olhos brilharem.
Confesso que, no momento, ainda estou me adaptando as novidades, mas, se essa for a sensação desse momento de vida, o tal dos 40 se aproximando, eu adorarei conduzir o meu trenzinho nessa viagem tão emocionante!
by Roberta Drable