O Guia do Lolla Para Desapegar (e Comprar) Pre-Loved Com o Prettynew.

Eu sempre olhei para outras mulheres buscando inspiração na hora de me vestir ou buscando algum insight para as minhas life questions e uma coisa que elas tem em comum? Eu aposto que 90% compram peças pre-loved há anos. Algumas por necessidade, como a SJP falou nesse video para a Vogue US, outras porque comprar second hand era como um statement de rebeldia e outras porque eram de fato apaixonadas por vintage. Eu achava essas últimas tão cool, porque por mais apaixonada que eu fosse pela ideia de comprar vintage e toda atmosfera do garimpo, eu comprei muito pouco nos meus garimpos em viagens, achava tudo too vintage pra mim.

Eu culpo a Patricia Field por ter colocado vintage shopping no radar de milhões de mulheres da minha geração. A costume designer de Sex and The City e de And Just Like That, que tinha uma loja em NY de peças vintages que durou anos. Mas isso foi bem antes da internet ser o que é hoje, e o garimpar era de fato uma função. Hoje garimpo achados vintage na tela do meu celular assistindo SATC do meu sofá. E não foi só isso que mudou, mas a oferta de produtos usados saíram do universo vintage para o pre-loved. E isso, dear lolla reader, é um mundo paralelo.

O poder que o mercado de second hand tem é quase bíblico. Ele literalmente ressuscitou a Fendi Baguette e a Dior Saddle Bag, duas bolsas que tiveram seu momento de glória na época de SATC, mas que tinham sido esquecidas do habitat natural da moda atual, o Instagram. Com um pouco de paciência, você consegue encontrar literalmente o que quiser na internet. Lembro da minha alegria quando achei um sapato de ratinho do Marc Jacobs no E-bay que estava esgotado na NK, e pasmem, era mais barato. Os achados vintage tem aquele senso de exclusividade, que você sai da loja achando que é a garota mais sortuda porque saiu na frente comprando uma peça praticamente exclusiva, porque de certa forma ela é. Meu ultimo garimpo no Prettynew foi um vestido Isabel Marant que uma amiga estava com ele no carrinho e ficou arrasada quando viu que perdeu ele pra mim - fui mais rápida. É uma disputa, com direito a picos de adrenalina.

Uma outra característica das gerações Millennial e Z, é que o nosso senso de propriedade, ownership, mudou. O principio de empresas como a Uber, que tem a maior frota de carros do mundo sem ser dona de um único veículo motorizado está saindo do corporativo e indo para a vida privada. A economia colaborativa está aí disponível em planos de assinatura de softwares à aluguel de roupas de festas, passando por aqueles brinquedos enormes e medonhos que ocupam nossa sala quando os filhos são bebês. Hoje temos o acesso, sem necessariamente ser dona do produto.

A curadoria continua sendo o maior diferencial na hora de escolher seu lugar favorito para comprar. Boa parte dos produtos no Prettynew por exemplo, são de coleções relativamente recentes e uma quantidade enorme são produtos nunca usados, com etiqueta. Mesmos para os menos confortáveis em comprar um produto usado, essa não é mais uma questão.

É um mercado que todo mundo se beneficia na hora de comprar e de vender. Além de contribuir para o planeta, comprando o que já existe e contribuir para a economia circular, você pode fazer o seu dinheiro circular. Com tanta gente querendo fazer parte, a curadoria pode ficar um pouco duvidosa. Na hora de separar um sapato para vender, melhor pensar antes se é algo que você compraria só porque é de uma marca bacana e na hora de comprar a mesma coisa.

Preparamos um Guia de Second-Hand Shopping para você se inspirar a separar as peças do armário para vender e para a comprar pre-loved.

1. Onde Começar?

Se livre de idéias erradas que só atrapalham. Comprar second hand é tão direto e objetivo quanto comprar novo, é só um produto. Exige um pouco mais de tempo e paciência, mas quem está acostumada a garimpar em liquidações, já está ambientada.

Seja fiel ao seu estilo, compre peças que conversam com o seu guarda-roupa e com você. É parecido com uma compra em uma sample sale, não compre porque está barato, você vai ser arrepender com quase certeza. E note que os tamanhos nas etiquetas não são fiéis ao padrão de hoje. Uma fita métrica é sua bff.

2. Tenha o dobro de paciência

Online vintage shopping pode ser frustrante, mas só se você deixar. Alguém vai ser mais rápida que você e vai comprar antes o que estava no seu carrinho, talvez você encontre o que quer na 8ª página do site. O melhor é pesquisar com uma ideia do que você está buscando antes de ficar scrolling sem sentindo. Isso é um passatempo legal, mas cuidado com compras por impulso de algo que você não queria muito.

3. Não deixe oportunidades passar

Quando você encontrar algo que estava buscando há tempos, jump in. Se realmente te der borboletas de empolgação, era para ser sua.

4. Pre-loved, ao invés de usado.

Ao invés de torcer o nariz e achar que uma bolsa usada vem com a energia da outra pessoa, pense que essas peças já contaram muitas histórias na vida dessas pessoas. E agora não fazem mais sentido para elas, that's all.

5. Você sempre pode revender.

Revender peças que foram compradas em second hand nem sempre vai ter dar lucro, ainda mais uma peça relativamente nova. Mas é uma forma de matar algum desejo de ter uma peça especial que você viu e não quer comprometer seu orçamento. O objetivo é contribuir para todo mundo, literalmente.

6. Pode dar pre-loved de presente?

Se for para uma pessoa que ama second hand, que você conhece bem o estilo e que vai valorizar aquele presente, why not? É igual comprar uma peça nova, go on.

Para vender suas peças no Prettynew, basta separar suas peças, entrar em contato com o time, pedir a retirada em São Paulo e esperar.

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